top of page

Buda e o Budismo.

Foto do escritor: Rudney NicacioRudney Nicacio


Buda, cujo nome real era Siddhartha Gautama, foi um líder espiritual e o fundador do Budismo. Ele nasceu por volta do século VI a.C. em Kapilavastu, uma região que hoje faz parte do Nepal.


Principais Aspectos da Vida de Buda:


Nascimento e Infância: Siddhartha nasceu em uma família real e viveu uma vida de luxo. Sua mãe, a rainha Maya, faleceu sete dias após seu nascimento.


Descoberta do Sofrimento: Aos 29 anos, ao sair do palácio, ele se deparou com a realidade do sofrimento humano ao ver um velho, um doente, um cadáver e um asceta. Isso o levou a buscar uma solução para o sofrimento.


Busca pela Iluminação: Ele deixou sua vida de luxo e passou anos praticando austeridades e meditação. Eventualmente, ele alcançou a iluminação enquanto meditava sob a árvore Bodhi.


Ensinamentos: Após sua iluminação, Buda passou o resto de sua vida ensinando o caminho para superar o sofrimento, conhecido como o Dharma. Seus ensinamentos incluem as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo.


Buda é reverenciado como um ser iluminado que descobriu a verdadeira natureza da realidade e compartilhou esse conhecimento para ajudar outros a alcançar a libertação do sofrimento.


Princípios básicos do budismo


Os princípios básicos do budismo são fundamentais para entender essa filosofia de vida. Aqui estão alguns dos principais:


Os Três Refúgios:


Buda: O professor.


Dharma: Os ensinamentos.


Sangha: A comunidade de praticantes.


Os Cinco Preceitos:


Não matar: Respeitar a vida.


Não roubar: Respeitar a propriedade alheia.


Não ter má conduta sexual: Respeitar a integridade sexual.


Não mentir: Respeitar a verdade.


Não usar intoxicantes: Respeitar a mente e o corpo.


As Quatro Nobres Verdades


As Quatro Nobres Verdades são os ensinamentos centrais do Budismo, apresentados pelo Buda após sua iluminação. Elas são:


A Verdade do Sofrimento (Dukkha): A vida envolve sofrimento e insatisfação. Isso inclui o sofrimento físico e emocional, bem como a insatisfação com a impermanência e a natureza transitória da vida.


A Verdade da Causa do Sofrimento (Samudaya): O sofrimento é causado pelo desejo e apego. Nossos anseios e apegos às coisas materiais, às pessoas e às ideias nos levam ao sofrimento.


A Verdade do Fim do Sofrimento (Nirodha): É possível superar o sofrimento ao eliminar o desejo e o apego. Isso leva ao estado de Nirvana, uma libertação do ciclo de nascimento e morte.


A Verdade do Caminho que Conduz ao Fim do Sofrimento (Magga): O caminho para superar o sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo, que inclui práticas de ética, meditação e sabedoria.


O Nobre Caminho Óctuplo


O Nobre Caminho Óctuplo é o caminho proposto pelo Buda para alcançar a libertação do sofrimento e atingir o Nirvana. Ele é composto por oito práticas inter-relacionadas que se dividem em três categorias principais: sabedoria, ética e meditação. Aqui estão os oito componentes:


Sabedoria (Prajna)


1-Visão Correta (Samma Ditthi): Compreender as Quatro Nobres Verdades e a natureza da realidade e do sofrimento.


2-Intenção Correta (Samma Sankappa): Cultivar intenções de renúncia, boa vontade e não-violência.


Ética (Sila)


3-Fala Correta (Samma Vaca): Evitar mentiras, discurso prejudicial, fofocas e linguagem rude. Falar de maneira honesta e gentil.


4-Ação Correta (Samma Kammanta): Agir de maneira ética e moral, evitando ações que causem dano a outros seres.


5-Meio de Vida Correto (Samma Ajiva): Escolher uma profissão que não cause sofrimento a outros seres e que seja ética.


Meditação (Samadhi)


6-Esforço Correto (Samma Vayama): Fazer esforços para evitar estados mentais negativos e cultivar estados mentais positivos.


7-Atenção Plena Correta (Samma Sati): Desenvolver a consciência plena do corpo, sentimentos, mente e fenômenos. Estar presente no momento.


8-Concentração Correta (Samma Samadhi): Praticar a meditação para alcançar estados profundos de concentração e tranquilidade mental.


Essas práticas são interdependentes e devem ser desenvolvidas juntas para levar a uma vida equilibrada e ao progresso espiritual.


Como Praticar o Nobre Caminho Óctuplo no dia a dia


Praticar o Nobre Caminho Óctuplo no dia a dia pode transformar sua vida, trazendo mais paz, clareza e propósito. Aqui estão algumas maneiras práticas de incorporar cada um dos oito componentes:


Sabedoria (Prajna)


1-Visão Correta (Samma Ditthi):


Estudo e Reflexão: Leia e reflita sobre os ensinamentos budistas, especialmente as Quatro Nobres Verdades. Isso ajuda a desenvolver uma compreensão profunda da natureza do sofrimento e da realidade.


Autoexame: Regularmente, examine suas crenças e percepções para garantir que estejam alinhadas com a verdade e a realidade.


2-Intenção Correta (Samma Sankappa):


Cultivar Intenções Positivas: Pratique a bondade, a compaixão e a não-violência em seus pensamentos e ações.


Meditação: Use a meditação para desenvolver intenções claras e positivas, afastando-se de desejos prejudiciais.


Ética (Sila)


3-Fala Correta (Samma Vaca):


Comunicação Consciente: Fale de maneira honesta, gentil e útil. Evite fofocas, mentiras e discurso prejudicial.


Escuta Ativa: Pratique a escuta ativa, prestando atenção plena ao que os outros dizem sem julgar ou interromper.


4-Ação Correta (Samma Kammanta):


Comportamento Ético: Evite ações que causem dano a outros seres. Pratique a generosidade, a honestidade e a não-violência.


Serviço ao Próximo: Envolva-se em atividades que beneficiem a comunidade e ajudem os necessitados.


5-Meio de Vida Correto (Samma Ajiva):


Profissão Ética: Escolha uma ocupação que não cause sofrimento a outros seres e que seja benéfica para a sociedade.


Consumo Consciente: Seja consciente sobre o que consome, optando por produtos e serviços que não exploram ou prejudicam outros seres.


Meditação (Samadhi)


6-Esforço Correto (Samma Vayama):


Cultivar Qualidades Positivas: Faça esforços constantes para desenvolver virtudes como a paciência, a generosidade e a compaixão.


Abandonar Hábitos Negativos: Trabalhe para abandonar hábitos e pensamentos negativos que causam sofrimento.


7-Atenção Plena Correta (Samma Sati):


Mindfulness: Pratique a atenção plena em todas as atividades diárias, como comer, caminhar e trabalhar. Esteja presente no momento.


Meditação Diária: Reserve um tempo todos os dias para a meditação, focando na respiração e nas sensações do corpo.


8-Concentração Correta (Samma Samadhi):


Meditação Profunda: Pratique técnicas de meditação que ajudem a desenvolver uma mente focada e tranquila.


Ambiente de Paz: Crie um ambiente tranquilo e propício para a meditação, livre de distrações.


Incorporar essas práticas no seu cotidiano pode levar a uma vida mais equilibrada e significativa. Com paciência e dedicação, você pode desenvolver hábitos que promovem o bem-estar e a paz interior.


As principais escolas no Budismo


Atualmente, o budismo é dividido em várias escolas principais, cada uma com suas próprias doutrinas e práticas. As principais escolas são:


Theravada: Também conhecida como “Ensinamento dos Anciãos”, é a escola mais antiga do budismo. Predomina no Sri Lanka, Tailândia, Laos, Camboja e Mianmar.


Mahayana: Significa “Grande Veículo” e é a maior das tradições budistas. Inclui várias subescolas, como:


Zen: Focada na meditação e na intuição direta.


Terra Pura: Centrada na devoção ao Buda Amitabha.


Nichiren: Baseada nos ensinamentos do monge japonês Nichiren.


Tendai e Shingon: Escolas japonesas com práticas esotéricas.


Vajrayana: Também chamada de “Veículo do Diamante” ou budismo tântrico. É uma extensão do Mahayana e é predominante no Tibete, Butão e Mongólia.


Essas escolas têm diferentes abordagens e práticas, mas todas compartilham os ensinamentos fundamentais do Buda.


As principais diferenças entre as três grandes tradições do budismo:


Theravada


Origem: É a escola mais antiga, baseada nos ensinamentos do Buda histórico.


Textos Sagrados: Pali Canon (Tipitaka).


Objetivo: Alcançar o estado de Arhat, ou seja, a iluminação pessoal.


Práticas: Ênfase na meditação Vipassana (insight) e na observância estrita dos preceitos monásticos.


Geografia: Predominante no Sri Lanka, Tailândia, Laos, Camboja e Mianmar.


Mahayana


Origem: Desenvolveu-se por volta do século I d.C. como uma expansão do Theravada.


Textos Sagrados: Sutras Mahayana, como o Sutra do Lótus e o Sutra do Coração.


Objetivo: Alcançar o estado de Bodhisattva, ajudando todos os seres a alcançar a iluminação.


Práticas: Inclui uma variedade de práticas, como meditação, devoção, e rituais. Subescolas incluem Zen, Terra Pura e Nichiren.


Geografia: Predominante na China, Japão, Coreia, Vietnã e Taiwan.


Vajrayana


Origem: Desenvolveu-se a partir do Mahayana por volta do século VII d.C.


Textos Sagrados: Tantras, além dos sutras Mahayana.


Objetivo: Alcançar a iluminação rapidamente através de práticas esotéricas.


Práticas: Inclui meditação tântrica, mantras, mudras (gestos) e mandalas (diagramas sagrados). Enfatiza a relação guru-discípulo.


Geografia: Predominante no Tibete, Butão e Mongólia.


Cada uma dessas tradições oferece caminhos únicos para a prática e a realização espiritual.


Budismo e anatta


No budismo, Anatta (ou Anatman em sânscrito) é a doutrina do “não-eu” ou “não-self”. Este conceito central afirma que não existe um eu ou essência imutável e permanente em qualquer fenômeno.


Principais Aspectos de Anatta:


Impermanência: Tudo está em constante mudança. Não há uma essência fixa ou permanente em nós ou no mundo ao nosso redor.


Desapego: Reconhecer que não há um “eu” permanente ajuda a reduzir o apego e o sofrimento. Isso nos permite viver de forma mais livre e compassiva.


Interdependência: Todos os fenômenos estão interconectados e dependem uns dos outros. Não há uma entidade independente ou separada.


Aplicação na Vida Diária:


Meditação: Pratique a meditação para observar a natureza impermanente dos pensamentos e sensações. Isso ajuda a cultivar uma mente mais clara e desapegada.


Atenção Plena: Esteja presente em cada momento, reconhecendo a impermanência e a interdependência de todas as coisas.


Compaixão: Compreender Anatta pode aumentar a compaixão por si mesmo e pelos outros, pois reconhecemos que todos estão sujeitos às mesmas condições de impermanência e mudança.


Reflexão:


Anatta é uma ferramenta poderosa para alcançar a libertação do sofrimento, promovendo uma visão mais clara e equilibrada da realidade. Ao integrar essa compreensão em sua vida, você pode experimentar uma maior paz interior e harmonia.


Os cinco agregados


No budismo, os cinco agregados, ou skandhas, são os componentes que constituem a experiência humana. Eles são:


Forma (Rupa): Refere-se ao corpo físico e aos objetos materiais. Inclui os cinco sentidos e o sistema nervoso.


Sensação (Vedana): Envolve as experiências sensoriais de prazer, dor ou neutralidade que surgem do contato entre os sentidos e os objetos.


Percepção (Sanna): Relaciona-se à capacidade de reconhecer e identificar objetos e experiências.


Formações Mentais (Sankhara): Incluem pensamentos, emoções, intenções e outros processos mentais que moldam nossas ações e reações.


Consciência (Vinnana): É a consciência dos objetos e experiências, resultante da interação dos outros quatro agregados.


Esses agregados estão em constante mudança e interdependência, refletindo a natureza impermanente e insubstancial da existência. O entendimento e a observação desses agregados são fundamentais na prática budista para alcançar a libertação do sofrimento.


Aplicar a observação dos cinco agregados na vida diária pode ser uma prática transformadora. Aqui estão algumas maneiras de integrá-los no seu dia a dia:


Forma (Rupa):


Prática: Preste atenção ao seu corpo e ao ambiente ao seu redor. Pratique a atenção plena (mindfulness) durante atividades cotidianas, como caminhar, comer ou tomar banho.


Benefício: Isso ajuda a aumentar a consciência corporal e a viver o momento presente.


Sensação (Vedana):


Prática: Observe suas sensações físicas e emocionais sem julgamento. Quando sentir prazer, dor ou neutralidade, apenas reconheça essas sensações.


Benefício: Isso pode ajudar a reduzir reações automáticas e a desenvolver uma resposta mais equilibrada às experiências.


Percepção (Sanna):


Prática: Esteja ciente de como você rotula e categoriza suas experiências. Questione suas percepções e esteja aberto a novas interpretações.


Benefício: Isso pode ajudar a reduzir preconceitos e mal-entendidos, promovendo uma visão mais clara e compassiva do mundo.


Formações Mentais (Sankhara):


Prática: Observe seus pensamentos e emoções. Pratique a meditação para desenvolver uma maior consciência das suas formações mentais e para cultivar intenções positivas.


Benefício: Isso pode ajudar a transformar padrões de comportamento negativos e a promover ações mais conscientes e compassivas.


Consciência (Vinnana):


Prática: Cultive a consciência plena em todas as atividades. Esteja presente e consciente do que está acontecendo dentro e fora de você.


Benefício: Isso pode aumentar a clareza mental e a compreensão da natureza impermanente das experiências.


Integrar esses conceitos na vida diária pode levar a uma maior paz interior, clareza e compaixão. A prática regular da meditação pode ser uma excelente maneira de aprofundar essa compreensão.


Shikantaza


Shikantaza é uma prática de meditação zen associada principalmente à escola Soto do Zen Budismo. O termo japonês “shikantaza” (只管打坐) pode ser traduzido como “apenas sentar” ou "nada além de sentar".


Essa prática foi introduzida por Dogen, um monge japonês do século XIII, que aprendeu com seu mestre chinês Rujing. A ideia central do shikantaza é simplesmente sentar-se em meditação sem focar em nenhum objeto específico, como a respiração ou um mantra. Em vez disso, a prática envolve estar plenamente presente e consciente, permitindo que pensamentos e sensações venham e vão sem se apegar a eles.


Shikantaza é frequentemente descrito como uma forma de “iluminação silenciosa” ou “reflexão serena”, enfatizando a simplicidade e a pureza da prática meditativa. É uma abordagem direta e descomplicada à meditação, que busca cultivar uma mente clara e desperta através da prática contínua e dedicada.


Praticar shikantaza é uma experiência simples, mas profunda. Aqui estão alguns passos básicos para começar:


Encontre um local tranquilo: Escolha um lugar onde você não será interrompido. Pode ser um canto silencioso de sua casa ou um espaço ao ar livre.


Postura: Sente-se em uma posição confortável. Tradicionalmente, shikantaza é praticado na posição de lótus ou meio-lótus, mas você pode sentar-se em uma cadeira se isso for mais confortável. Mantenha a coluna ereta, os ombros relaxados e as mãos em mudra cósmica (mãos sobre o colo, com a palma direita sobre a esquerda e os polegares tocando levemente).


Olhos semiabertos: Mantenha os olhos semiabertos, olhando para baixo em um ângulo de cerca de 45 graus. Isso ajuda a manter a mente alerta e presente.


Respiração natural: Respire naturalmente, sem tentar controlar a respiração. Apenas observe o fluxo de ar entrando e saindo do seu corpo.


Apenas sentar: O foco do shikantaza é simplesmente sentar-se. Não há um objeto específico de meditação, como um mantra ou a respiração. Permita que pensamentos, sensações e emoções venham e vão sem se apegar a eles. Se perceber que está se distraindo, gentilmente traga sua atenção de volta para o ato de apenas sentar.


Consistência: Pratique regularmente. Comece com sessões curtas de 10 a 15 minutos e aumente gradualmente o tempo conforme se sentir mais confortável.


Lembre-se, o objetivo do shikantaza não é alcançar algo específico, mas estar plenamente presente no momento.


Budismo - independente


É possível ser budista sem participar de um grupo. Muitas pessoas praticam o budismo de forma independente, especialmente se não têm acesso a uma comunidade budista local. Aqui estão algumas maneiras de praticar o budismo por conta própria:


Estudo Pessoal: Leia livros e textos budistas, como o Dhammapada, os Sutras e outros ensinamentos. Existem muitos recursos online e livros que podem ajudar a aprofundar seu conhecimento.


Meditação: Pratique a meditação regularmente. Existem várias formas de meditação budista, como a meditação de atenção plena (mindfulness) e a meditação de compaixão (metta).


Atenção plena: Integre a prática da atenção plena em sua vida diária. Esteja presente em cada momento e observe seus pensamentos e ações sem julgamento.


Reflexão: Reflita sobre os ensinamentos budistas e como eles se aplicam à sua vida. Isso pode incluir a prática dos preceitos budistas e a reflexão sobre conceitos como impermanência, sofrimento e não-eu.


Recursos Online: Participe de fóruns e grupos online onde você pode discutir e aprender mais sobre o budismo. Existem muitas comunidades virtuais que oferecem suporte e orientação.


Retiros e Workshops: Sempre que possível, participe de retiros e workshops budistas. Isso pode proporcionar uma experiência mais profunda e a oportunidade de aprender com professores experientes.


Praticar o budismo de forma independente pode ser muito gratificante e permite que você adapte a prática às suas necessidades e circunstâncias pessoais.


Desfazendo equívocos


No texto “Desfazendo Equívocos”, a Reverenda Yvonette Silva Gonçalves esclarece várias concepções errôneas sobre o budismo. Ela destaca que o budismo não é uma prática para aqueles que buscam milagres, curas físicas, riquezas materiais ou poderes sobrenaturais. Em vez disso, o budismo foca na cura dos males da mente, como a ignorância, a cólera e os desejos desenfreados.


Ela enfatiza que o budismo ensina a autossuficiência, a autocrítica e a responsabilidade pessoal, ao invés de oferecer respostas fáceis ou crenças cegas. O texto também menciona que o budismo valoriza a simplicidade e a prática diária, como lavar o prato após comer, como um “milagre” supremo.


A mensagem central é que o budismo é uma prática de autoconhecimento e transformação interna, que desafia o ego e promove a verdadeira compreensão de si mesmo e do mundo.


Segue o texto 


Por: Reverenda Yvonette Silva Gonçalves


Se você quer milagres, não procure o Budismo. O supremo milagre para o Budismo é você lavar seu prato depois de comer.


Se você quer curar seu corpo físico, não procure o Budismo. O Budismo só cura os males de sua mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.


Se você quiser arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure o Budismo. Você se decepcionará, pois ele vai lhe falar sobre desapego em relação aos bens materiais. Não confunda, porém, desapego com renúncia.


Se você quer poderes sobrenaturais, não procure o Budismo. Para o Budismo, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.


Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure o Budismo. Para o Budismo, o único triunfo que conta é o do homem sobre si mesmo.


Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure o Budismo, pois ele matará seu ego aqui e agora.


Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure o Budismo. A casa de Buda não é a casa da inflação dos egos.


Se você quer a proteção divina, não procure o Budismo. Ele lhe ensinará que você só pode contar consigo mesmo.


Se você quer um caminho para Deus, não procure o Budismo. Ele o lançará no vazio.


Se você quer alguém que perdoe suas falhas, deixando-o livre para errar de novo, não procure o Budismo, pois ele lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de uma autocrítica consciente e profunda.


Se você quer respostas cômodas e fáceis para suas indagações existenciais, não procure o Budismo. Ele aumentará suas dúvidas.


Se você quer uma crença cega, não procure o Budismo. Ele o ensinará a pensar com sua própria cabeça.


Se você é dos que acham que a verdade está nas escrituras, não procure o Budismo. Ele lhe dirá que o papel é muito útil para limpar o lixo acumulado no intelecto.


Se você quer saber a verdade sobre os discos voadores ou sobre a civilização de Atlântida, não procure o Budismo. Ele só revelará a verdade sobre você mesmo.


Se você quer se comunicar com espíritos, não procure o Budismo. Ele só pode ensinar você a se comunicar com seu verdadeiro eu.


Se você quer conhecer suas encarnações passadas, não procure o Budismo. Ele só pode lhe mostrar sua miséria presente.


Se você quer conhecer o futuro, não procure o Budismo. Ele só vai lhe mandar prestar atenção a seus pés, enquanto você anda.


Se você quer ouvir palavras bonitas, não procure o Budismo. Ele só tem o silêncio a lhe oferecer.


Se você quer ser sério e austero, não procure o Budismo. Ele vai ensiná-lo a brincar e a se divertir.


Se você quer brincar e se divertir, não procure o Budismo. Ele o ensinará a ser sério e austero.


Se você quer viver, não procure o Budismo, pois ele o ensinará a morrer.


Se você quer morrer, não procure o budismo, pois ele o ensinará a viver.


Sobre a Autora do texto desfazendo equívocos:


Yvonette Silva Gonçalves, atuou como obstetriz, atua como Ministra do Dharma na Ordem Otani de Budismo Shin, tendo sido regularmente ordenada na Sede da Ordem (Templo Higashi Honganji) no Japão.


Para aprofundar no estudo do Dharma recomendo:


Budismo Zen



Budismo Tibetano 



Budismo Theravada



Budismo



Este conteúdo foi produzido com o auxílio da ferramenta de Inteligência Artificial (Microsoft Copilot, baseado na tecnologia GPT-4) e revisado pelo editor do blog.

13 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Não confunda

Comentários


CONTATO
  • Projeto-Statera
  • Black Instagram Icon
  • Black YouTube Icon
  • wz

© 2016 por Rudney Nicacio.

Orgulho de ser WIX!

bottom of page