Vigorexia é o nome dado para o transtorno dismórfico muscular, um problema psicológico que faz com que os pacientes se enxerguem fracos e sem músculos, quando são fortes e musculosos.
A dismorfia muscular envolve a crença de uma pessoa de que seu corpo não é suficientemente musculoso e que deve melhorar constantemente sua aparência.
A busca pela melhoria do corpo exige muito tempo e esforço, levando ao abandono de outros aspectos da vida diária para focar no controle de peso, rotinas de exercícios e um regime alimentar rigoroso.
O uso de esteroides anabolizantes para aumentar o tônus muscular também é comum.
Quais são os sintomas? Os sintomas mais comuns de dismorfia muscular incluem:
constantemente se olhando no espelho;
comparando frequentemente seu corpo com o corpo de outra pessoa;
sentir-se estressado ao pular uma sessão de treino ou uma refeição;
negligenciar família e amigos, estudar ou trabalhar;
fazer do exercício e do treino a prioridade central da vida;
distorção da imagem corporal;
preocupação excessiva com a dieta e ingestão de proteínas;
prática de exercícios físicos até sentir dor ou ter lesões musculares;
críticas constantes ao próprio corpo;
consumo excessivo de suplementos alimentares;
uso de esteroides anabolizantes;
alterações de humor;
insônia;
aumento da frequência cardíaca mesmo quando em repouso;
menor desempenho sexual;
sentimento de inferioridade.
Como é diagnosticado?
A dismorfia muscular é diagnosticada quando alguém apresenta consistentemente dois ou mais dos seguintes comportamentos:
Priorização de exercícios e manutenção da dieta acima de tudo.
Ter medo de mostrar o corpo experimentando isolamento social ou perda de emprego devido à dedicação a um regime de condicionamento físico.
Treinar independentemente de lesões físicas e fazer uso de esteroides anabolizantes.
O que causa a dismorfia muscular?
A idealização social e cultural do corpo masculino e feminino pode resultar no desenvolvimento de um complexo de inferioridade em algumas pessoas. Um número crescente de pessoas sofre de numerosos distúrbios alimentares, incluindo dismorfia muscular, embora os homens entre 25 e 35 anos sejam estatisticamente mais afetados.
Como isso pode ser tratado?
O tratamento contra vigorexia deve ser feito por uma equipe multiprofissional especializada, com médico, psicólogo, nutricionista e um profissional de Educação Física. Apesar de não existir uma terapia específica para a doença, algumas práticas usadas em quadros correlatos trazem resultados satisfatórios no tratamento da doença.
Um dos primeiros passos do tratamento é a suspensão do uso de anabolizantes. Esse processo pode ser bastante difícil para o paciente, por isso, o acompanhamento médico e psicológico é fundamental. Muitas vezes, essa ação é tomada em simultaneidade com a introdução de medicamentos antidepressivos à base de serotonina, com o objetivo de controlar os sintomas relacionados à ansiedade e o comportamento obsessivo compulsivo.
O tratamento psicológico é voltado para a recuperação da autoestima e identificação dos padrões distorcidos de percepção corporal. Esse trabalho estimula o reconhecimento de pontos positivos na própria aparência e a adoção de hábitos mais saudáveis.
A prática de exercício físico não deve ser interrompida durante o tratamento. Por isso, a presença de um profissional de Educação Física na equipe é indispensável. Assim, o paciente pode começar a fazer treinos que sejam compatíveis com a sua capacidade corporal, sempre com supervisão e orientação profissional.
Referências:
Comentarios