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Aptidão física no crossfit

  • Foto do escritor: Rudney Nicacio
    Rudney Nicacio
  • 2 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de set.

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Em 2003, Greg Glassman, criador do método CrossFit, destacou que o treinamento proposto pela modalidade tem como objetivo central o desenvolvimento amplo e equilibrado das capacidades físicas humanas, buscando não apenas especialização em uma única habilidade, mas sim a preparação do praticante para diferentes demandas funcionais da vida e do esporte.

Segundo Glassman, o CrossFit visa estimular ao máximo o funcionamento das três vias metabólicas:

  1. Via fosfagênica (ou ATP-CP) – responsável pela produção de energia em esforços de altíssima intensidade e curta duração, como movimentos explosivos e levantamentos olímpicos.

  2. Via glicolítica (ou anaeróbica lática) – predominante em esforços intensos de média duração, como corridas de 400 a 800 metros ou séries de exercícios funcionais em ritmo acelerado.

  3. Via oxidativa (aeróbica) – fundamental para atividades de longa duração e menor intensidade, como corridas, remo e exercícios de resistência prolongada.

Ao integrar estímulos nessas três vias energéticas, o CrossFit busca formar indivíduos metabolicamente condicionados, capazes de sustentar diferentes tipos de esforços, desde os mais rápidos e explosivos até os de maior resistência.

Paralelamente, Glassman também definiu o desenvolvimento das dez valências físicas gerais, que representam a base da aptidão física ampla:


Aqui estão as dez aptidões físicas trabalhadas:

Resistência Cardiovascular: A capacidade do sistema cardiovascular de fornecer oxigênio aos músculos durante atividades prolongadas.


Resistência Muscular: A capacidade dos músculos de continuarem a trabalhar sem se fatigarem rapidamente.


Força: A capacidade dos músculos de exercer força máxima em uma única tentativa.


Flexibilidade: A amplitude de movimento disponível em uma articulação ou grupo de articulações.


Potência: A capacidade de exercer força máxima no menor tempo possível, combinando força e velocidade.


Velocidade: A capacidade de realizar movimentos repetitivos em um curto período de tempo.


Coordenação Motora: A capacidade de combinar uma série de movimentos distintos em um único movimento fluido.


Agilidade: A capacidade de mudar a posição do corpo de forma eficiente e precisa.


Equilíbrio: A capacidade de controlar a posição do corpo, seja em movimento ou parado.


Precisão: A capacidade de controlar o movimento em uma direção ou intensidade específica.


Essas aptidões são trabalhadas através de uma variedade de exercícios e treinos de alta intensidade, conhecidos como WODs (Workout of the Day), que combinam movimentos funcionais realizados em alta intensidade. O treinamento é estruturado para que todas essas capacidades sejam constantemente estimuladas e aprimoradas, evitando que o praticante se torne “especialista” em apenas uma ou algumas delas. Essa proposta rompe com modelos tradicionais de treinamento que, muitas vezes, enfatizam apenas a força, a hipertrofia ou a resistência aeróbica.

Dessa forma, o CrossFit é entendido como um programa de condicionamento físico geral (GPP – General Physical Preparedness) que visa preparar o corpo para os desafios imprevisíveis e variados da vida cotidiana, esportiva e até mesmo de situações extremas. A filosofia de Glassman defende que ser verdadeiramente apto é ser capaz de responder eficientemente a qualquer tarefa física, seja ela conhecida ou inesperada.

Assim, a afirmação de Glassman (2003) sintetiza a essência do CrossFit: um método que busca a excelência no desenvolvimento das vias metabólicas e das dez valências físicas, promovendo um condicionamento amplo, versátil e funcional.





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© 2016 por Rudney Nicacio.

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