Excesso de Peso Corporal: Quando Tanto a Gordura Quanto o Músculo Podem Ser Prejudiciais
- Rudney Nicacio
- 4 de ago.
- 3 min de leitura

Quando se fala em excesso de peso, a primeira imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas é o acúmulo de gordura corporal. De fato, ter muita gordura está associado a vários problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e dores articulares. Porém, um corpo com músculos em excesso também pode trazer prejuízos, especialmente quando esse ganho está ligado ao uso de esteroides anabolizantes.
Por que o excesso de gordura faz mal?
O excesso de gordura corporal, principalmente aquela acumulada na região abdominal (gordura visceral), está diretamente relacionado a:
Risco aumentado de doenças metabólicas: como diabetes tipo 2, colesterol alto e hipertensão.
Inflamação crônica: a gordura produz substâncias inflamatórias que prejudicam o funcionamento do corpo.
Sobrecarga nas articulações: joelhos, quadris e coluna precisam suportar mais peso, favorecendo dores e desgaste precoce.
Risco cardiovascular: quanto maior a circunferência abdominal, maior a chance de problemas cardíacos.
E quando o excesso é de músculo?
Ter músculos é fundamental para a saúde: eles ajudam a manter o metabolismo ativo, protegem as articulações e aumentam a capacidade física. O problema é quando a busca por músculos muito além do natural leva a um corpo pesado e, muitas vezes, pouco funcional:
Sobrecarga no coração: mais músculos exigem mais oxigênio e nutrientes, aumentando o trabalho cardíaco.
Estresse articular e na coluna: um corpo muito pesado, mesmo com baixa gordura, pode gerar dores e limitações de movimento.
Redução de mobilidade: um corpo muito volumoso pode perder flexibilidade e agilidade, dificultando até tarefas simples do dia a dia.
Maior demanda metabólica: manter grandes volumes musculares exige uma dieta muito rica em calorias e proteínas, o que pode sobrecarregar fígado e rins.
O papel dos esteroides anabolizantes
Grande parte dos casos de excesso extremo de músculos vem do uso de esteroides anabolizantes. Essas substâncias aceleram muito a construção muscular, ultrapassando os limites naturais do corpo, mas trazem riscos importantes:
Problemas no coração e circulação: aumento da pressão arterial, colesterol ruim mais alto e maior risco de arritmias e infarto.
Alterações hormonais: o corpo reduz a produção natural de testosterona, o que pode gerar infertilidade, impotência e ginecomastia (crescimento das mamas nos homens).
Danos ao fígado e rins: alguns anabolizantes são tóxicos e, junto com uma dieta exagerada em proteínas, sobrecarregam esses órgãos.
Efeitos psicológicos: mudanças de humor, irritabilidade e até dependência psicológica do uso.
Qual é o equilíbrio saudável?
O objetivo não deve ser apenas “perder gordura a qualquer custo” ou “ganhar o máximo de músculo possível”, mas sim encontrar um equilíbrio:
Percentual de gordura saudável: homens entre 10% e 20%, mulheres entre 18% e 28%.
Massa muscular adequada: força suficiente para proteger articulações, manter postura, ter mobilidade e realizar as atividades do dia a dia com facilidade.
Sustentabilidade: manter o corpo saudável sem depender de substâncias que prejudiquem o equilíbrio natural do organismo.
Estética x Saúde
A estética muitas vezes valoriza extremos, seja de músculos muito grandes ou de corpos extremamente magros. Porém, saúde é sobre funcionalidade, equilíbrio hormonal, qualidade de sono, energia no dia a dia e ausência de dores ou limitações. Um corpo saudável é aquele que você consegue manter a longo prazo sem colocar a saúde em risco.
Conclusão
O excesso de peso, seja por gordura ou músculo, pode trazer consequências negativas. Quando o aumento da massa muscular está ligado ao uso de esteroides anabolizantes, os riscos são ainda maiores. Buscar equilíbrio é fundamental: um corpo forte, saudável e funcional, sem sobrecargas desnecessárias e sem colocar a saúde em segundo plano.