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O impacto das telas no sono e os prejuízos à saúde de dormir depois das 23 horas

  • Foto do escritor: Rudney Nicacio
    Rudney Nicacio
  • 12 de nov.
  • 3 min de leitura
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Nos últimos anos, o uso excessivo de telas — como celulares, computadores, tablets e televisores — tornou-se uma característica marcante da vida moderna. Embora esses dispositivos sejam indispensáveis para o trabalho, o estudo e o lazer, seu uso prolongado, especialmente à noite, tem um impacto significativo na qualidade do sono e, consequentemente, na saúde física e mental.

A luz azul e a supressão da melatonina

Um dos principais fatores que explicam a influência negativa das telas sobre o sono é a emissão de luz azul. Esse tipo de luz, presente nas telas de LED, interfere diretamente na produção de melatonina, o hormônio responsável por regular o ciclo circadiano — o relógio biológico que indica ao corpo quando é hora de dormir e acordar.Quando uma pessoa usa o celular ou assiste à televisão antes de dormir, a exposição à luz azul engana o cérebro, fazendo-o acreditar que ainda é dia. Como resultado, a liberação de melatonina é atrasada, dificultando o início do sono e reduzindo sua profundidade e qualidade.

O impacto da estimulação cognitiva

Além do efeito luminoso, o conteúdo consumido nas telas também desempenha um papel importante. Conversas nas redes sociais, vídeos, jogos e notícias estimulam o cérebro, mantendo-o em estado de alerta. Essa hiperestimulação cognitiva impede o relaxamento necessário para que o corpo entre naturalmente no processo de adormecimento, levando à insônia ou a despertares frequentes durante a noite.

Dormir depois das 23 horas e seus prejuízos

Dormir tarde — especialmente depois das 23 horas — está associado a diversos prejuízos à saúde, mesmo quando o número total de horas dormidas parece suficiente. Isso ocorre porque o corpo humano segue um ritmo biológico natural que favorece o sono nas primeiras horas da noite.Pesquisas indicam que, após as 23h, há uma queda na liberação de hormônios importantes, como o hormônio do crescimento (GH), essencial para a regeneração celular, a recuperação muscular e o fortalecimento do sistema imunológico. Dormir tarde também compromete a regulação de hormônios ligados ao apetite, como a leptina e a grelina, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade.

Além disso, dormir após as 23h está relacionado a:

  • Maior fadiga diurna, devido à menor qualidade do sono;

  • Dificuldade de concentração e memória, prejudicando o desempenho acadêmico e profissional;

  • Alterações de humor, como irritabilidade e ansiedade;

  • Risco aumentado de doenças cardiovasculares e metabólicas, como hipertensão e diabetes tipo 2, em pessoas que mantêm esse hábito cronicamente.

Consequências a longo prazo

A privação parcial de sono — comum em quem dorme tarde e precisa acordar cedo — acumula-se ao longo do tempo. Essa dívida de sono prejudica o sistema imunológico, acelera o envelhecimento celular e aumenta o risco de transtornos mentais, como depressão. Além disso, altera o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, favorecendo o estresse e dificultando o relaxamento natural do corpo.

Boas práticas para melhorar o sono

Para minimizar os efeitos negativos das telas e do horário tardio de sono, é importante adotar algumas medidas de higiene do sono:

  • Evitar o uso de telas pelo menos 1 hora antes de dormir;

  • Utilizar filtros de luz azul ou modo noturno nos dispositivos;

  • Manter horários regulares para dormir e acordar;

  • Criar um ambiente escuro e silencioso no quarto;

  • Praticar atividades relaxantes antes de deitar, como leitura leve, meditação ou respiração profunda.

Conclusão

O hábito de usar telas até tarde e dormir depois das 23 horas pode parecer inofensivo, mas seus efeitos acumulados comprometem a saúde física, mental e emocional. Respeitar o ritmo biológico natural e reduzir a exposição à luz azul à noite são passos fundamentais para garantir um sono restaurador, equilíbrio hormonal e qualidade de vida. Em uma era dominada pela tecnologia, cuidar do sono é um dos gestos mais simples — e mais poderosos — para preservar a saúde.



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© 2016 por Rudney Nicacio.

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