Cadeira extensora e patologias no joelho
- Rudney Nicacio
- há 1 dia
- 2 min de leitura

A cadeira extensora é um exercício bastante utilizado no treinamento de força, principalmente para o fortalecimento do quadríceps. No entanto, quando há presença de dor no joelho ou histórico de patologias nessa articulação, sua utilização deve ser cuidadosamente avaliada. Isso porque a cadeira extensora é um exercício de cadeia cinética aberta, em que o movimento concentra maior estresse compressivo e de cisalhamento diretamente na articulação do joelho, especialmente na região patelofemoral. Esse fator pode agravar quadros dolorosos ou lesões pré-existentes.
Nessas situações, os exercícios de cadeia cinética fechada (como agachamentos, leg press ou avanços) são mais indicados. Isso ocorre porque nesses movimentos há coativação da cadeia posterior (isquiotibiais e glúteos), o que melhora a estabilização do joelho, distribui melhor as forças articulares e reduz a sobrecarga direta na patela. Essa coativação funciona como um mecanismo protetor, favorecendo maior segurança articular durante o treinamento.
Quando não houver dor ou limitação funcional, a cadeira extensora pode ser utilizada, mas alguns cuidados são fundamentais. Deve-se evitar cargas excessivas e respeitar a amplitude segura para a articulação, que se encontra entre 90° e 45° de flexão e extensão do joelho. Dentro desse intervalo, o estresse patelofemoral é menor, reduzindo riscos de sobrecarga indevida.
Já em indivíduos sem histórico de patologia no joelho, a cadeira extensora pode ser inserida normalmente no programa de treinamento. Nesse caso, a ênfase deve estar no controle do volume de treino e na aplicação da sobrecarga progressiva, garantindo o fortalecimento do quadríceps de maneira eficiente e sem prejuízo articular.
Portanto, a utilização da cadeira extensora deve sempre considerar a condição do praticante. Em casos de dor ou lesões no joelho, exercícios de cadeia cinética fechada são mais seguros e funcionais. Já em pessoas sem restrições, a cadeira extensora pode ser um recurso válido para potencializar o desenvolvimento do quadríceps, desde que respeitados os princípios de individualidade biológica, segurança articular e progressão adequada da carga.