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Musculação e Cânceres

  • Foto do escritor: Rudney Nicacio
    Rudney Nicacio
  • 4 de set.
  • 3 min de leitura

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Musculação e Cânceres: Relações, Benefícios e Cuidados

A musculação, também chamada de treinamento resistido, é uma prática que vai além da estética e do desempenho esportivo: ela desempenha um papel cada vez mais reconhecido na prevenção, no tratamento adjuvante e na reabilitação de pessoas com câncer. Diversos estudos científicos mostram que a atividade física regular, especialmente os exercícios de força, pode ajudar tanto na redução do risco de alguns tipos de câncer quanto na melhora da qualidade de vida dos pacientes durante e após os tratamentos.

1. Prevenção e Redução de Risco

O exercício de musculação, quando associado a um estilo de vida saudável, está relacionado a uma diminuição do risco de desenvolvimento de certos cânceres, como:

  • Câncer de mama: a prática ajuda no controle do peso corporal, na regulação hormonal (especialmente estrogênio) e na redução de inflamações crônicas.

  • Câncer de cólon: a melhora da capacidade que certos órgãos apresentam de realizar movimentos autônomos (motilidade intestinal) e a redução da resistência insulínica são fatores protetores.

  • Câncer de próstata: o fortalecimento muscular e a manutenção de níveis adequados de testosterona de forma fisiológica podem contribuir para a saúde masculina.

Além disso, a musculação favorece o aumento da massa magra, a redução da gordura visceral (associada ao risco oncológico) e melhora o sistema imunológico.

2. Durante o Tratamento

Pacientes oncológicos que passam por quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia sofrem frequentemente com efeitos adversos como:

  • fadiga crônica,

  • perda de massa muscular (sarcopenia),

  • perda de densidade óssea,

  • imunossupressão,

  • alterações metabólicas e cardiovasculares.

A musculação, quando orientada de forma segura, pode:

  • Reduzir a fadiga: ao contrário do repouso absoluto, exercícios leves a moderados de força aumentam energia e disposição.

  • Preservar massa muscular: importante para manter funcionalidade, reduzir risco de quedas e melhorar resposta ao tratamento.

  • Manter a densidade óssea: especialmente em mulheres em hormonioterapia ou pacientes em uso de corticoides.

  • Melhorar a imunidade: estimulando a circulação de células de defesa.

  • Apoiar a saúde mental: diminui ansiedade, depressão e melhora a autoestima, fundamentais para o enfrentamento da doença.

3. Pós-Tratamento e Sobrevivência

Sobreviventes de câncer enfrentam riscos de recorrência e complicações metabólicas. A musculação auxilia em:

  • controle do peso corporal,

  • regulação de marcadores inflamatórios,

  • melhora da sensibilidade à insulina,

  • recuperação da capacidade funcional e independência.

Estudos apontam que pacientes que mantêm rotina de exercícios resistidos têm maior taxa de sobrevida e menor risco de reincidência em alguns tipos de câncer.

4. Precauções Importantes

Apesar dos benefícios, a musculação para pacientes oncológicos deve seguir cuidados específicos:

  • Avaliação médica prévia: cada tipo de câncer e tratamento pode exigir restrições.

  • Ajustes de intensidade: geralmente iniciar com cargas leves a moderadas (40–60% de 1RM) e progressão gradual.

  • Atenção a efeitos colaterais: fadiga intensa, náusea, anemia, neutropenia ou plaquetopenia podem exigir pausa ou modificação no treino.

  • Higienização rigorosa: devido à imunossupressão, ambientes de treino devem ser limpos e ventilados.

  • Acompanhamento multiprofissional: integração entre médico, fisioterapeuta e profissional de educação física é fundamental.

5. Conclusão

A musculação se mostra uma ferramenta poderosa na luta contra os cânceres — tanto na prevenção quanto no apoio ao tratamento e à recuperação. Seus efeitos sobre a força, a massa muscular, a saúde óssea, a imunidade e o bem-estar psicológico fazem dela um recurso essencial para pacientes oncológicos e sobreviventes.

O mais importante é que a prática seja individualizada, segura e supervisionada, respeitando os limites do organismo em cada fase da doença. Dessa forma, a musculação deixa de ser apenas uma forma de treino e se torna parte da estratégia de saúde global contra o câncer.


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© 2016 por Rudney Nicacio.

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