Diástase Abdominal
- Rudney Nicacio
- 2 de ago.
- 2 min de leitura

A diástase abdominal é uma condição caracterizada pela separação dos músculos retos abdominais, que formam a “parede frontal” do abdômen. Essa separação ocorre na linha alba — uma faixa de tecido conjuntivo que conecta ambos os lados da musculatura abdominal.
Causas mais comuns
A diástase é frequentemente associada:
À gestação, devido ao estiramento natural do abdômen para acomodar o crescimento do bebê.
Ao ganho ou perda excessiva de peso em pouco tempo.
A esforços físicos inadequados, principalmente quando realizados sem o devido fortalecimento do core.
Sintomas
Nem sempre a diástase causa dor, mas alguns sinais comuns incluem:
Abaulamento ou “saliência” no abdômen, especialmente ao contrair a musculatura.
Diminuição da força abdominal, dificultando movimentos simples como levantar da cama ou carregar objetos.
Em casos mais graves, pode contribuir para dores lombares, má postura e até alterações respiratórias e digestivas.
Tratamento
O tratamento da diástase é, na maioria das vezes, conservador, com foco em exercícios de fortalecimento do core profundo, como o transverso abdominal e o assoalho pélvico. A orientação de um profissional de educação física ou fisioterapeuta especializado é essencial para evitar exercícios que piorem o quadro (como abdominais tradicionais).Em situações graves, pode ser indicada cirurgia corretiva, conhecida como abdominoplastia com plicatura dos retos.
Prevenção
Manter um bom condicionamento físico antes e durante a gestação.
Evitar ganho de peso excessivo.
Respeitar o tempo de recuperação pós-parto antes de iniciar exercícios de alta intensidade.
A diástase não é apenas uma questão estética, mas também funcional, impactando a postura, a força do tronco e a saúde geral. O conhecimento e o tratamento adequado ajudam na recuperação e na melhora da qualidade de vida.
Aqui vão exemplos de exercícios seguros e eficazes para trabalhar a diástase, sempre com foco no fortalecimento do core profundo e sem aumentar a pressão intra-abdominal:
Respiração Diafragmática com Ativação do Transverso
Como fazer:
Deite-se de barriga para cima, joelhos flexionados, pés no chão.
Inspire pelo nariz expandindo as costelas para o lado (sem empurrar a barriga para cima).
Ao soltar o ar, puxe suavemente o umbigo em direção à coluna, ativando o abdômen profundo.
Repetições: 10 a 15 vezes.
Elevação de Quadril (Ponte)
Como fazer:
Deite-se com joelhos dobrados e pés apoiados.
Expire, ative o abdômen profundo e eleve o quadril alinhando tronco e coxas.
Inspire ao descer devagar.
Repetições: 8 a 12.
Dead Bug Adaptado
Como fazer:
Deite-se de barriga para cima, joelhos flexionados a 90°.
Expire ativando o abdômen profundo.
Estenda lentamente uma perna de cada vez sem perder a ativação do abdômen.
Repetições: 8 a 12 cada perna.
Apoio de Antebraço e Joelhos (Prancha Adaptada)
Como fazer:
Apoie antebraços no chão e joelhos no tapete.
Mantenha quadris alinhados com ombros.
Ative abdômen sem “estufar” a barriga.Tempo:
10 a 20 segundos (progredindo com segurança).
Elevação de Braços de Pé com Core Ativo
Como fazer:
Fique de pé, joelhos levemente flexionados.
Inspire abrindo as costelas.
Expire ativando abdômen e eleve os braços acima da cabeça.
Repetições: 8 a 12.
Importante:
Evitar abdominais tradicionais e exercícios que aumentam a pressão na linha média (como prancha completa ou elevação de pernas sem controle).
Priorizar qualidade do movimento e não quantidade.
A progressão deve ser feita de acordo com a melhora do controle abdominal.