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Musculação para depressão e ansiedade

  • Foto do escritor: Rudney Nicacio
    Rudney Nicacio
  • 10 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de set.

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A musculação, tradicionalmente associada ao ganho de força, hipertrofia e estética corporal, tem se destacado também como uma ferramenta importante para a saúde mental, em especial no manejo da depressão e da ansiedade. Cada vez mais pesquisas mostram que o exercício resistido vai além dos benefícios físicos, impactando positivamente o humor, a autoestima e a qualidade de vida.

Relação entre exercício físico e saúde mental

A prática de atividades físicas promove alterações neuroquímicas que ajudam a reduzir sintomas depressivos e ansiosos. Durante o treino de musculação, há liberação de neurotransmissores como serotonina, dopamina, noradrenalina e endorfina — substâncias diretamente relacionadas à sensação de prazer, bem-estar e relaxamento. Além disso, o exercício contribui para a regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que controla a resposta ao estresse, reduzindo os níveis de cortisol.

Benefícios da musculação para depressão

  1. Melhora do humor: sessões regulares de treino promovem sensação de satisfação e alívio, reduzindo sentimentos de tristeza e apatia.

  2. Aumento da autoestima e autoconfiança: a evolução da força e da composição corporal reforça a percepção positiva de si mesmo.

  3. Estruturação da rotina: a prática organizada de musculação cria disciplina e propósito, auxiliando no enfrentamento da desmotivação típica da depressão.

  4. Efeitos neuroprotetores: estudos indicam que o exercício resistido pode estimular a neurogênese (formação de novos neurônios) e melhorar a plasticidade cerebral, o que favorece a recuperação emocional.

Benefícios da musculação para ansiedade

  1. Redução da tensão muscular: o exercício ajuda a liberar tensões físicas acumuladas, comuns em pessoas ansiosas.

  2. Melhora da qualidade do sono: treinar regularmente contribui para um sono mais profundo e reparador, essencial para controlar crises de ansiedade.

  3. Controle da agitação mental: a prática exige foco e atenção ao movimento, funcionando como uma forma de “mindfulness em ação”.

  4. Regulação fisiológica: diminui a frequência cardíaca de repouso, melhora a variabilidade da frequência cardíaca e promove maior controle do sistema nervoso autônomo.

Aspectos práticos da prescrição de musculação

  • Frequência: recomenda-se de 2 a 4 sessões semanais, dependendo do nível de condicionamento.

  • Intensidade: cargas moderadas (50–70% de 1RM) parecem ser mais eficazes na melhora do humor e na adesão ao treino, embora intensidades mais altas também possam ser utilizadas progressivamente.

  • Duração: sessões entre 40 a 60 minutos são suficientes para proporcionar os benefícios.

  • Exercícios: podem incluir movimentos multiarticulares (agachamento, supino, remada, levantamento terra) combinados a exercícios isolados, sempre respeitando o nível do praticante.

  • Progressão: deve ser gradual, para evitar frustração ou risco de lesões que poderiam desmotivar a continuidade.

Considerações finais

A musculação não substitui o acompanhamento médico ou psicológico, mas atua como estratégia complementar altamente eficaz no tratamento da depressão e da ansiedade. Além dos efeitos fisiológicos, ela promove maior senso de controle pessoal, melhora a percepção de competência e auxilia na reintegração social, já que muitas vezes a prática é realizada em ambientes coletivos.

Portanto, a musculação deve ser vista como uma aliada não apenas do corpo, mas também da mente, sendo um recurso seguro, acessível e transformador para quem busca equilíbrio emocional e qualidade de vida.

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© 2016 por Rudney Nicacio.

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