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Musculação e cardiopatia

  • Foto do escritor: Rudney Nicacio
    Rudney Nicacio
  • 24 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de jul.

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Musculação e Cardiopatia: Cuidados e Protocolos de Treinamento

A prática de musculação por pessoas com cardiopatia não só é possível como pode ser altamente benéfica, desde que realizada com os devidos cuidados e sob orientação profissional. A prescrição correta do exercício resistido contribui para o aumento da força muscular, melhora da função cardiovascular, maior autonomia nas atividades diárias e qualidade de vida. No entanto, é fundamental adaptar o treinamento às condições clínicas do indivíduo.

Cuidados Iniciais

  1. Avaliação Médica Prévia:Todo cardiopata deve passar por avaliação médica detalhada antes de iniciar a musculação. Isso inclui exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e, em alguns casos, ecocardiograma. O médico determinará a aptidão física e possíveis restrições.

  2. Presença de Profissionais Qualificados:O treinamento deve ser supervisionado por profissionais de educação física com experiência em reabilitação cardíaca e, preferencialmente, em parceria com a equipe médica.

  3. Ambiente Seguro:É importante que o local de treino tenha equipamentos adequados e estrutura para atendimento emergencial, especialmente nos primeiros meses de adaptação.

Protocolos de Treinamento para Cardiopatas

  1. Frequência e Duração: Iniciar com 2 a 3 sessões semanais, com duração total de 30 a 50 minutos, dependendo da tolerância e nível de condicionamento.

  2. Intensidade: A carga deve ser leve a moderada (30% a 60% de 1RM – uma repetição máxima). Em alguns casos, utiliza-se a percepção subjetiva de esforço (escala de Borg) mantendo entre 11 e 13 (esforço "leve a um pouco difícil").

  3. Séries e Repetições: Iniciar com 1 a 2 séries de 10 a 15 repetições para grandes grupos musculares, com progressão lenta e cuidadosa.

  4. Intervalos: Intervalos de 1 a 2 minutos entre séries e exercícios são recomendados, permitindo recuperação adequada do sistema cardiovascular.

  5. Respiração: Ensinar o aluno a evitar manobra de Valsalva (prender a respiração durante o esforço), pois ela pode elevar perigosamente a pressão arterial e a sobrecarga cardíaca.

  6. Progressão: O aumento de carga deve ser gradual, respeitando a adaptação e sempre precedido de nova avaliação.

Cuidados Específicos por Tipo de Cardiopatia

  • Hipertensos:Atenção redobrada ao controle da pressão arterial. Evitar cargas muito altas e priorizar séries com mais repetições e menos peso. A pressão sistólica deve ser monitorada, mantendo-se preferencialmente abaixo de 160 mmHg durante o esforço.

  • Insuficiência Cardíaca:Começar com exercícios de baixa intensidade e curtos períodos. A musculação pode ser usada de forma complementar ao treinamento aeróbico.

  • Pós-infarto / Pós-cirurgia cardíaca:Após liberação médica, iniciar com exercícios leves, priorizando reeducação motora, equilíbrio e resistência muscular localizada.

Sinais de Alerta Durante o Treinamento

  • Dor no peito

  • Falta de ar intensa ou fora do esperado

  • Tontura ou sensação de desmaio

  • Palpitações fora do comum

  • Pressão arterial acima de 180/110 mmHg durante o exercício

Caso algum desses sinais apareça, o treino deve ser interrompido imediatamente e o aluno encaminhado ao médico.

Considerações Finais

A musculação para cardiopatas, quando bem orientada, não é apenas segura, mas essencial para melhorar a saúde cardiovascular e a funcionalidade do corpo. O segredo está na personalização do treino, no acompanhamento constante e no respeito aos limites do organismo. A integração entre profissionais da saúde, como médicos, fisioterapeutas e educadores físicos, é indispensável para garantir a segurança e eficácia do programa de treinamento.


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© 2016 por Rudney Nicacio.

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